A trama

Mariano, um homem indígena, acorda gravemente ferido em frente a um muro. Está na prisão, estamos em 1946. Aos poucos,  consegue adaptar-se à dinâmica sádica do local. Com o passar dos anos, toma consciência dos danos que causou e lamenta os crimes cometidos. Depois de cumprir a pena, já idoso, Mariano abre uma pequena igreja, que tem uma função oculta. Entre os seus conflitos, relembra a vida da sua família. Começa com uma fazenda de café, estamos em 1926. Os proprietários da fazenda, alemães, exploram os trabalhadores enquanto os mantêm na pobreza. A tensão é tanta que Gaspar e vários amigos se rebelam brutalmente contra os agricultores. Os trabalhadores escapam e estabelecem uma comunidade pacífica, até que, anos depois, soldados a atacam violentamente, assassinando María e Gaspar, deixando José órfão.

A polícia leva o menino para uma cidade no sul, junto com os seus tios e Mariano, o seu primo, alguns anos mais velho do que ele. José adapta-se à vida de roubo promovida pela sua nova família. Eventualmente a sua prostituição, gera uma nova dinâmica de roubo, até que uma noite Mariano mata um conhecido do filho do presidente. Ele foge, mas deixa graves consequências para a sua família. Anos depois, uma revolução derruba o ditador e, na cidade de José, rebelam-se contra a exploração. A resposta das autoridades é um massacre, do qual José consegue escapar e instala-se numa cidade colonial. Consegue um emprego num cinema, onde espia crianças e começa a descobrir algo obscuro dentro de si. Após um conflito com o patrão, José foge e viaja para a capital, onde consegue reencontrar Mariano após vários anos de separação. O seu primo tornou-se líder de um gangue de ladrões, crianças órfãs que vivem nas ruas. Este reencontro desperta um sadismo cultivado há anos, que explode quando José e Mariano abusam de crianças solitárias, às vezes com promessas de os presentear com animais. Para encobrir os seus rastos, assassinam as suas vítimas após a afronta. Ansioso por continuar a cometer crimes horrendos, José é preso e confessa todos os crimes, pelos quais também é preso Mariano, que é condenado a 30 anos de prisão. José é condenado à morte por fuzilamento e, por se tratar de um caso mediático, uma multidão vem à sua execução, em frente a um muro do cemitério. José, por fim, fica deitado em frente àquela parede após  ter sido alvo dos disparos das espingardas.